ASSUNÇÃO (Reuters) – Manifestantes entraram em conflito com a polícia na capital do Paraguai, Assunção, na noite de sexta-feira, sábado e domingo após a irritação pela maneira como o governo está lidando com a pandemia chegar às ruas e forçar a renúncia da principal autoridade sanitária do país.
Forças de segurança atiraram balas de borracha e gás lacrimogêneo contra a multidão de centenas reunida em torno do prédio do Congresso, enquanto manifestantes furaram barreiras de segurança, queimaram barricadas nas ruas e atiraram pedras na polícia.
Os protestos, que tornaram o centro histórico da capital em um campo de batalha com fogo, fumaça e tiros, eclodiram entre crescente revolta pelas taxas de infecções recordes por coronavírus e hospitais à beira do colapso.
“É uma pena que jovens tenham ido longe demais. São pessoas que buscam apenas a destruição”, afirmou o ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, à emissora de televisão Telefuturo. “Esta violência não faz sentido”.
Na sexta-feira, o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, renunciou um dia depois de parlamentares pedirem sua saída.
Centenas de paraguaios protestaram nessa 6ª feira (5.mar.2021) contra o presidente, Mario Abdo Benítez, pela má gestão da pandemia de covid-19. Os manifestantes pedem a saída de Marito, como é conhecido.
O grupo gritou palavras de ordem em frente ao Palácio Legislativo em Assunção, capital do país, e também em frente ao Palácio do Governo. Em vídeos do protesto, é possível ouvir o grupo gritar “Fuera, Marito!”. Assista:
CONFRONTO COM A POLÍCIA
Os protestos começaram pacíficos, mas evoluíram para conflito com agentes de segurança. A polícia usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio, deixando manifestantes feridos. Prédios e carros foram vandalizados.
A Central de Polícia foi atacada por um grupo encapuzado. Vários agentes foram feridos no confronto e os policiais pediram rendição.
MINISTRO DA SAÚDE RENUNCIA
Na 5ª feira (4.mar) os senadores emitiram uma resolução exigindo a saída do ministro da Saúde, Julio Mazzoleni. Ele chegou a dizer que não deixaria o cargo, mas cedeu e renunciou na 6ª feira (5.mar):
“Combinamos juntos que deixo o cargo do Ministério da Saúde Pública para gerar a paz de que precisamos para enfrentar este desafio”, afirmou o agora ex-ministro.
Via Notícias Agrícolas e Reuters